Como forma de comemorar o Dia Internacional da Dança, lembrado nesta quinta-feira (29), a Prefeitura através de sua Fundação Cultural (Funjope), anunciou a criação da Companhia de Dança Municipal de João Pessoa. Além de formar novos profissionais, a Companhia dará suporte para a melhoria da educação das crianças matriculadas nas escolas públicas municipais da Capital paraibana, configurando-se como um primeiro passo para a realização de sonhos.
“Hoje estamos tendo a felicidade de fazer este anúncio, que além de valorizar este setor da cultura, que é muito forte em nossa cidade, possamos incentivar e identificar novos talentos. Já fizemos isto em gestões anteriores com o projeto junto ao Ballet Bolshoi, que será renovado. Com tudo isso vamos trazer melhor condições de vida para quem tem este talento adormecido”, declarou Cícero Lucena, que esteve acompanhado do vice-prefeito Leo Bezerra.
A Companhia Municipal de Dança deverá atuar em diversos estilos, desde o ballet clássico até as danças contemporâneas e populares, podendo tornar-se um importante instrumento de resgate da identidade cultural, da história e das manifestações mais representativas da cidade. Vinculada à Funjope, a Companhia atuará em interação com a Banda 5 de Agosto e a Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP), com a expectativa da montagem de grandes espetáculos em conjunto.
“Temos um grande apelo, inclusive educativo, para a formação de crianças e de novos bailarinos. Então, com essa Companhia, a Funjope pretende fortalecer o setor de dança na cidade, fazendo com que João Pessoa comece a se tornar uma referência nacional nessa área que é tão bonita e tão importante para a formação das pessoas e para a valorização da arte dos bailarinos de uma maneira geral”, declarou o diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves.
A Capital conta com pelo menos 34 estúdios de dança, e que há um histórico de desenvolvimento de variados estilos na cidade, com bailarinos espalhados em diversos ambientes e instituições. “Cícero tem uma história de valorização da dança. Era o único que fazia questão de nos assistir. Agradecemos demais o que a gestão está fazendo pela dança na nossa cidade”, afirmou a bailarina e professora Stella Brindeiro, que vai dirigir a companhia.
Com um corpo de 12 bailarinos a novidade será instrumento de implementação de políticas públicas de cultura, contribuindo para o desenvolvimento da dança na cidade com a realização de espetáculos. A intenção da gestão municipal é ajudar a desenvolver a dança, através do incentivo a criação de novas companhias e elaboração de uma agenda de apresentações para o setor.
Experiência – Na gestão anterior do prefeito Cícero Lucena (1997-2004), João Pessoa tornou-se uma das primeiras cidades brasileiras a selar convênio com a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – uma das maiores e mais importantes escolas de dança do mundo – para concessão de bolsas de estudo em ballet clássico para crianças da escola pública.
Estiveram presentes no lançamento a secretária municipal de Educação, América Castro, os diretores da Funjope nas áreas de Ação Cultural, Toinho Alcântara, Culturas Populares, Mô Lima, e Administrativo, Ricardo Almeida. Também compareceram o chefe da Divisão de Danças, Geovan da Conceição, e as bailarinas Evans Arruda e Denilce Regina, que atuarão na Companhia como coreografas de Dança Contemporânea e Balé Clássico, respectivamente.
Ações em prol da cultura – A Funjope tem realizado diversas ações em prol da cultura de João Pessoa por meio do diálogo com todas as categorias da cultura, ouvindo propostas e reivindicações, prestando ajuda aos artistas e trabalhadores do setor durante o período de pandemia com o Programa de Apoio Emergencial à Cultura. Cerca de 1.100 pessoas foram beneficiadas e 900 pessoas já receberam a primeira parcela, de R$ 300, que está sendo paga. Na segunda quinzena de maio, será liberada a segunda parcela do apoio.
Junto à Secretaria Municipal de Saúde, a Funjope realizou uma ação em dez pontos de vacinação no último final de semana, com a presença de músicos que, ao som do violino, violão e sanfona contribuíram para promover um processo mais humanizado.
A Fundação aposta nos talentos locais e lançou o Prêmio Literário Políbio Alves, que presta uma homenagem ao artista em vida, sendo o primeiro após um vazio de oito anos, com premiação total de R$ 50 mil. Também houve o lançamento do edital do Prêmio Josenildo Suassuna de Arte Naif, que soma R$ 22 mil em premiações e está com inscrições abertas até 2 de junho.
No setor audiovisual, há diversas parcerias firmadas, a exemplo do Polo de Audiovisual de Cataguases (MG), e Associação Cinema do Brasil, que poderá levar produtores locais ao evento internacional Ventana Sur. Há também parcerias locais. Com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de João Pessoa (Secitec), será recuperado um Cinema Digital, instalado no Centro de Referência da Cidadania (CRC) do bairro Costa e Silva e, com a Secretaria de Planejamento (Seplan), há planos para restaurar o Centro Histórico.
Com o Fórum Nacional de Forró e Associação Cultural Balaio Nordeste, a Funjope reforça a luta para tornar o forró patrimônio imaterial. E o livro ‘Cartilha do Forró’, escrito por Ivan Dias e Sandrinho Dupan, vai ganhar nova edição e será utilizado nas escolas da rede municipal.
No Carnaval, sem a festa tradicional por conta da pandemia, a Funjope realizou exposições temáticas no Hotel Globo, Centro Cultural Casa da Pólvora, Paço Municipal e Casarão 34, relembrando antigos carnavais. Além dessas ações, foi sancionada pelo prefeito Cícero Lucena a lei que cria o Sistema Municipal de Cultura (SMC), que contribui na articulação de políticas públicas para o setor.